sábado, 29 de setembro de 2012

FORMAÇÃO PARA OPERADORES

Noelson Dória - químico palestrante
Aconteceu entre os dias 24 a 28 de setembro uma capacitação profissional para operadores de Estação de Tratamento de Água, proferida pelo químico Noelson Dória de Aquino com participação dos biólogos Jairo Lameira e Antônio Coelho. O objetivo do curso de formação foi melhorar os conhecimentos dos operadores que já passaram por algum curso neste estilo e capacitar aqueles que ainda não tinham visto algo nesta importância. A dinâmica do curso foi atrativa, com formação de grupos para discutir e apresentar os trabalhos criados por cada equipe. Um ponto forte do curso foi a apresentação dos diversos tipos de doenças que a água não tratada podem causar ao ser humano, isso mexeu com os operadores presentes e fez refletir sobre a grande responsabilidade que ele tem em tratar a água para o consumo. "O operador é a figura que zela pela saúde da população de forma direta, pois a todo momento ele fornece um produto confiável para consumo".(Noelson).
Foi pensando em situações como esta  que o programa do curso destinou boa parte do seu tempo para discutir e apresentar como acontece o tratamento da água em todos os modelos de estação: Convencional, filtração direta, filtro Russo, por pressão...
Noelson e operadores numa  ETA
Do ponto de captação da água In natura (bruta) até a distribuição, foi detalhado, por Noelson, para que o operador compreendesse todo processo o sistema de abastecimento de água, enfatizando o  processo de tratamento da mesma. Depois da teoria, todos os 21 operadores foram para uma estação de tratamento, modelo convencional que passa pelo processo completo de coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção, fluoretação e correção de pH. Lá todos puderam colocar em prática o que viram na teoria. Fizeram um teste de jarros (Jarr Test) com o sulfato diluído de 50 para 2%,  e assim entenderam melhor porque cada ml de sulfato a 2% no jarro de 2L equivale a 10 ppm. Esses pontos sobre diluição foram essenciais para que se passasse adotar uma nova prática operacional, visto que a dosagem aplicada não levava em conta a densidade do sulfato de alumínio produzido a 1,34 kg. Antes, para saber a dosagem aplicava a seguinte regra: vazão (vezes) ppm  (dividido) pela concentração do sulfato, desprezando a massa do sulfato, agora a massa é multiplicada pela concentração para saber qual a massa ideal aplicada na dosagem do sulfato de alumínio.  
Nas discussões durante o curso ficou visível que o operador precisa acompanhar constantemente a dosagem do produto aplicado na prática para que, ao invés de tratar a água, não gere um problema maior, tornando a água mais imprópria para o consumo humano ao ser adicionado uma dose maior do que o que deveria, do produto utilizado. Oportunamente durante o curso, o biólogo Antônio Coelho citou a frase famosa do médico suíço  "A diferença entre o remédio e o veneno está da dose" (Paracelso – Médico e físico do séc. XVI) reforçando a chamar atenção do operador para acompanhar com dedicação o processo de tratamento.
Jairo Lameira - biólogo
Entre tantos pontos discutidos ainda ficou espaço para esclarecer sobre a avaliação do processo de produção que acontece desde a captação da água até seu destino final, metodologia necessária para que se tenha um equilíbrio entre o que se tira da natureza e o  que ela recebe em troca. O biólogo Jairo falou do propósito da avaliação boas práticas em sistemas de abastecimento de água e da necessidade de ser aplicada no mundo inteiro. O estilo de avaliação de é pioneira no Brasil/Bahia e se assim fosse patenteada, o químico Noelson e equipe ganhariam o que lhes cabe na criação. É através dela que os sistemas de tratamento de água da embasa, as quais tem Noelson como coordenador da NOAP, são identificadas como próprias para continuar operando, recebendo certificações internas e externas. Os operadores Gervásio, João Durval e Tássio mostraram algumas práticas operacionais que contribuem para que a estação de tratamento receba a certificação e continue fornecendo um produto de boa qualidade para a população.
Para completar o ciclo objetivado pelo curso, o técnico de segurança Matusalém deixou explícito a necessidade de se criar uma consciência sobre o uso dos EPI's de forma que não seja entendida como obrigatório, apesar de ser,  e sim com foco na preservação da saúde e vida do trabalhador que a preze.

Gervásio M Mozine

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

PORTARIA DO MS 2914/2011

O Ministério da Saúde lança portaria que modifica alguns aspectos em relação à qualidade da água para consumo humano dentro dos padrões de potabilidade. As Estações de Tratamento terão que acompanhar e colocar em prática as novas regras. Uma delas é que a (uT) Unidade de Turbidez na saída dos filtros passará de 1,0 mg/l (ppm) para 0,5 ppm no tratamento com filtração rápida, como consta no Capítulo V, Artigo 30, § 2º da portaria. 
Realização de análises dos filtros

pressão de trabalho do filtro