sábado, 3 de setembro de 2011

AUXILIAR OPERADOR

Eleano fazendo troca de cilindro de cloro
Cláudio realizando análises físico-químicas
Os auxiliares lotados na ETA buscam sempre o aperfeiçoamento. Além de cuidar de toda organização e limpeza do espaço, os auxiliares Cláudio e Eleano arranjam um tempinho para aprender o processo de tratamento da água. Eles realizam análises e acompanham o processo de entrada e saída da água com autonomia. Muitas das atividades relacionadas à operação eles já dão contar de realizar e isso vem provocando auto confiança e auto-estima nesses auxiliares.


REUTILIZANDO

Acompanhar o nível da lâmina de água num reservatório de 4 metros de profundidade era um sacrifício até a implantação do Estudo de Caso projetado para Estação de Tratamento de água em Ibititá-ba. Era preciso levantar um tubo de pvc, que servia de régua, para verificar o nível com clareza. Muitas vezes esse tubo enganchava e aí era necessário duas pessoas para desemperrar o referido instrumento de medição. Outras vezes era preciso levantar uma tampa de ferro com mais de 70 quilos. Nos turnos noturnos a coisa era mais complicada ainda.
Buscando solucionar o problema, o operador Gervásio colocou em prática o Estudo de Caso projetado para tal fim. Com um tubo, reaproveitado, de 2"; 50 metros de linha de nylon; duas roldanas pequenas e duas garrafas pet ficou pronto o sistema que mede com perfeição o nível de lâmina de água do reservatório de contato, implantado desde dezembro de 2010. O estudo de Caso se encontra postado neste blog.
O projeto ganhou destaque na revista da empresa "Embasa da Gente" na edição nº 11 de agosto de 2011.
Auxiliar Eleano conferindo o nível (antes)

Operador Gervásio mostrando o tubo e a boia

Gervásio indicando o nível da lâmina de água na régua feita num poste


PERDA ZERO

O operador de processo João Durval, recém contratado pela empresa teve uma excelente ideia com a água restante coletada para análises de duas em duas horas na Estação de Tratamento. Imagine que se coleta no mínimo 400 ml de cada água para realizar análises, ao tempo que se usa no máximo100 ml da amostra e os restante era despejado na pia que ia direto para o esgoto. A boa prática operacional faz o mesmo despejar a sobra num balde e depois devolver na calha parshall para passar pelo tratamento. 
São coletadas 8 amostras de água filtrada; 01 de água in natura; 01 de água decantada; 01 de água coagulada e 01 de água clorada. Um total de 12 amostras que multiplicado pelo mínimo de sobra, 300 ml, chegava a uma perda de 3.600 ml por análises. Se colocarmos as nove vezes que se realizam, isso chegará a 32400 ml ou 32 litros por operação e 960 litros por mês.
Lembrar que esse volume de perda era dezenas de vezes maior antes da implantação de coleta de água clorada e filtrada. O Projeto de Estudo de Casos contempla boas práticas para acabar com a perda de água na Estação. Confiram o projeto neste blog.

PRESSÃO DE TRABALHO DO FILTRO

Numa estação de Tratamento de água Convencional com filtros descendentes é possível visualizar o fluxo de água filtrada através de uma simples régua que marca a pressão de trabalho do mesmo na caixa de passagem que fica entre o filtro e o reservatório de contato. O tempo de carreira de lavagem do filtro é importante, mas o simples sistema criado é muito mais seguro, pois ele indica a realidade de trabalho no momento. Um filtro com tempo de carreira de lavagem de 30 horas pode diminuir sua carga de pressão em muito menos tempo, isso depende de vários fatores, um deles são lodos que colmatam o filtro.
Na ETA Ibititá foi projetado um Estudo de Caso está sendo implantado nas oito passagens dos oito filtros da estação de tratamento. Quatro deles se encontram em fase de observação e análises para melhorias finais. É surpreendente porque de longe você percebe qual dos filtros está trabalhando bem e qual não está.
Para implantar o sistema foi necessário 1,7 metro de tubo de 60 mm; 4 metros de fio de nylon 0,10 mm; duas roldanas feitas com tubos de 20 e 25 mm; duas garrafinhas pet; uma régua com três dimensões que faz se alusão ao semáforo com suas cores: Verde - bom fluxo; Amarelo - em atenção; Vermelho - sem fluxo de passagem.
Todos os detalhes de P + L neste estudo de caso se encontra no Projeto postado neste blog. Os interessados podem aguçar seus sentidos para conquistar melhorias ambientais, operacionais e econômicas. Lembro que o referido estudo de caso foi alavancado porque havia um gasto semestral com telas de proteção na abertura superior das caixas de passagem, sem contar que o operador do sistema precisava levantar a tampa, usar uma escada para verificar o nível de passagem de água filtrada. A situação agora é bem mais cômoda e eficiente.
Veja algumas imagens:
Caixa de passagem antes do projeto

Caixa de psssagem com indicador de pressão

Caixa de psssagem com indicador de pressão

Caixa de passagem antes do projeto