domingo, 19 de maio de 2013

MELHORIAS MO TRATAMENTO

A Estação de Tratamento de Água de Ibititá é formada por um floculador com 04 módulos independentes com comporta na entrada e outra na saída, dois decantadores independentes com 04 comportas de entrada em cada um deles, 08 leitos filtrantes (filtros), 08 caixas de passagem e um reservatório de contato com capacidade para 4.000.000 de litros. A estação chegou a trabalhar com sua capacidade máxima de 500 l/s, hoje, devido a situação de falta de água na Barragem Mirorós,  trabalha com metade da capacidade.
A Estação começou operar em meados de 1994 e pelo visto as comportas dos módulos floculantes e dos decantadores não eram utilizadas na serventia de limpeza e conservação dos espaços como deveriam. Uma mostra disto é que todas estão travadas, revelando seu desuso. Sentido a necessidade de melhorar as práticas existentes resolvi construir ações para colocar todas elas em funcionamento, buscando melhorias no processo de tratamento. 
O verdadeiro sentido é que possamos interditar um desses espaços, por vez,  e realizar a limpeza e higiene desses ambientes de maneira mais eficaz. Para se ter um ideia, a limpeza dos decantadores aconteciam, até o mês passado, por um período de 2 a 3 horas no máximo no período das 18 às 21 horas, quando acontecia noutro momento era necessário interromper o abastecimento para população. Esse tempo era suficiente apenas para fazer um corretivo, o que levava a aumentar o índice de perdas de água, levando a aumentar o número de descargas no mês. Chegamos a fazer mais de uma por semana!
O floculador e o decantador são espaços que precisam de limpeza constante, pois são neles que o lodo (fig 02) fica acumulado, e se não for retirado, o tratamento da água pode ficar comprometido. Turbidez na decantação, passagem de flocos para os filtros, sabor e gosto anormais da água são algumas das consequências caso a limpeza não aconteça de forma eficiente.
fig 01 - Eleano - decantador 01 limpando e 02 operando
Para mudar a prática, os colaboradores se desdobraram. Passamos, Gervásio e Marcos, praticamente uma operação (turno de 12 horas) para fazer manutenção numa das comportas do decantador 01 e após um mês de trabalho conjunto conseguimos concluir a manutenção nas 04 comportas de entrada de água do decantador 01.
Gratificante foi poder fazer a limpeza, higiene e conservação do ambiente: paredes, colmeias, pirâmides foram todas colocadas no ponto ideal para trabalho. De 3 horas que se tinha para realizar a limpeza nos dois decantadores, passamos para mais de três dias apenas para um decantador. Foi o tempo  que os auxiliares passaram para realizar o trabalho com eficiência. Paramos no domingo (12) e concluímos na quarta-feira (15)  Fechamos as comportas de entrada do decantador 01 (fig 03) e o tratamento se deu  apenas com o decantador 02. (fig 01)
A segunda etapa começou no dia 18 de maio, manutenção das demais comportas do decantador 02. Com a nova prática operacional esperamos melhorias no tratamento, eficiência na perda e melhorias ergonômicas!
 fig 02 - colmeia da esq (suja) direita (limpa)

fig  03 - Ancelmo no corredor com comporta fechada
fig 04 - Ancelmo e Marcos do floculador para decantador

sexta-feira, 10 de maio de 2013

SAÚDE PARA A POPULAÇÃO - ETA Ibititá/FUNASA/MS

Desde 2007 trabalho na Estação de Tratamento de Água que fomenta a sede de quase 400 mil pessoas em toda região de Irecê.  A empresa embasa faz todo controle  e acompanhamento da qualidade do produto fornecido à população, a mesma procura manter um padrão de controle dentro das exigências dos órgãos fiscalizadores. Afirmo isto não porque sou empregado da mesma, mas porque sou consumidor e fiscalizador. 
Não sei se é pela confiança na empresa, embasa, ou por falta de espaço/tempo para acompanhar/fiscalizar, que nesse período em que estou operador, nenhum órgão, seja municipal/estadual ou federal,  apareceu na Estação de tratamento para verificar in loco como acontece todo o procedimento de entrada da água In Natura e saída da água pronta para consumo, na Estação de Tratamento de água em Ibititá. Indaguei comigo  se isto só aconteceria se uma "morbimortalidade" atingisse as pessoas de determinada localidade devido a um produto fornecido que não se encontrasse dentro dos padrões exigidos pelo Ministério da Saúde. Questiono a presença dos órgãos fiscalizadores, não porque deixamos algo a desejar no tratamento da água nesta estação, muito pelo contrário, mas sim pela atuação dessas entidades no cumprimento das suas obrigações. Teríamos que ter, no mínimo, uma visita a cada ano para sentir a presença do poder público mostrar o que convêm de qualidade às pessoas, garantindo saúde para todos, afinal o Ministério da Saúde por meio da FUNASA - Fundação Nacional da Saúde - busca manter o "controle de doenças e outros agravos, com a finalidade de contribuir para a redução da morbimortalidade – provocada por doenças de veiculação hídrica – e para o aumento da expectativa de vida e da produtividade da população". Assim esclarece a redação da portaria.
O CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS da portaria 2.914/11  no seu Art. 3º. afirma que "Toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente por meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água, deve ser objeto de controle e vigilância da qualidade da água". por isso não podemos abrir mãos dos serviços desses órgãos competentes para tal finalidade, como reza a portaria acima citada: FUNASA; ANVISA, Sec de  Saúde do Estado e dos Municípios.
Membros FUNASA/M.Público/IBAMA
Depois dos conclames acima, me alegro e também à população, pela presença dos representantes da FUNASA (com representantes do Ministério Público e IBAMA) em visita à ETA/Ibititá no dia 22 de abril de 2013. Queria muito estar operando naquele dia, para poder questionar junto a eles sobre a rara visita naquela Estação de Tratamento de Água, saber também se é assim nas demais em todo país, mas foi meu colega de trabalho ( o recém formado Operador de Processo Antônio Cláudio) que atendeu prestativamente a todos os questionamentos da equipe visitante. "Nada de anormal, tudo dentro dos conformes como manda a lei do saneamento: POP'S; Arquivos com todas as informações dos procedimentos operacionais, atual e dos anos anteriores; Boas Práticas Operacionais e muitas inovações que complementam a qualidade do produto oferecido à população" afirma um dos visitantes!
Ficamos gratos pelos elogios e  alegres pelo reconhecimento do cumprimento de nossas obrigações junto ao povo de nossa região!
Não poderia ter notícia melhor ao retornar das férias. Foi a primeira coisa que o operador Antônio Cláudio me falou ao passar a operação (visita da FUNASA). Ficamos no aguardo de outras... e outras! É nosso dever, nossa obrigação, cuidar da saúde do povo! Povo eu, povo tu, povo ele!
(confira algumas boas práticas operacionais neste blog).
Gervásio M Mozine