sábado, 10 de agosto de 2013

TRABALHO EM ALTURA

Na sexta-feira, 09 de agosto a empresa embasa ofereceu aos seus empregados o Curso Trabalho em Altura. O técnico em Segurança da empresa, Matusalém, proporcionou um ambiente convidativo para que todos pudessem ficar à vontade e compartilhar saberes da práticas aplicadas nos locais de trabalho. Todos os participantes disseram nunca ter participado de um curso com essa tema, e para tanto, exerciam suas atividades de acordo com o aprendizado adquirido na prática. 
Bem prático e sincero, o tutor, deixou claro sobre a exigência da aplicação do curso a todos àqueles que trabalham em locais com altura. É uma exigência da lei, portanto, todos precisam estar inseridos. A NR-35 (Norma Regulamentar) conheça a Norma!  exige que o empregado tenha um mínimo de 8 horas de treinamento a cada dois anos. O ministério Público atua como órgão fiscalizador ao cumprimento da norma. Caso a empresa não ofereça o curso a seus empregados, pode ser autuada e sofrer penalidades.
Os participantes conheceram e exercitaram a maneira correta de usar os equipamentos de segurança coletivo e individual. Vários vídeos foram mostrados na intenção de análises corretas e não corretas por parte dos participantes. 
Entre outras situações, o instrutor Matusalém abordou a lei que dá cobertura ao trabalhador que se recusa a realizar uma atividade perigosa. Após analisar os perigos e os riscos oferecidos, até de morte, o empregado tem direito de se recusar a realizá-la caso não sinta seguro para tal trabalho. Foi ainda discutido sobre as doenças ocupacionais que deixam o trabalhador inapto para prosseguir trabalhando. Empregados com disfunções psicossociais e outras patologias não estão aptos a exercerem atividades em altura, a exemplo de diabetes, hipertensão... 
No final foi possível realizar, em grupo, um trabalho de análises de risco e suas tomadas de decisões para que uma atividade possa ser efetivada. Com toda empolgação, os representantes dos grupos foram à frente para socializar o que foi elaborado por cada equipe. ( Participei do grupo com Douglas e mais dois colegas)
fotos dos participantes!
Valnir Operador de ETA

Douglas Operador de ETA

Operadores de ETA e ETE

Matusalém ao meio

Matusalém e "Café"(camiseta azul)

domingo, 7 de julho de 2013

FILTRAÇÃO DIRETA - UM APANHADO

O PROSAB - Programa de Pesquisas em Saneamento Básico focou um dos seus estudos em uma das etapas fundamentais do ciclo tratamento da água para consumo humano, a filtração, mais precisamente aprofundando sobre Filtração Direta, (FD) modelo de tratamento que vem se expandindo no Brasil e no mundo. A pequisa do "edital 03" dentre os 05 lançados, foi coordenada pelo Engenheiro, mestre e doutor em engenharia civil, Luiz Di Bernardo. O resultado desse trabalho foi resumido em um livro lançado em 2003 que pode ser encontrado no seguinte site: BAIXAR LIVROS DO PROSAB.
Pretendo fazer a leitura de todos eles, mas pelo motivo da real importância sanitária resolvi começar por este que trata de um tema em que as discussões continuam aflorando os pesquisadores no mundo do saneamento. Na ETA que trabalho venho acompanhando o desempenho dos filtros e ainda não encontrei respostas concretas para os picos de turbidez que acontecem em alguns deles, além da perda de areia constante descendo direto para a câmara de contato. Também, instigado pelo coordenador de tratamento, Químico da embasa, Noelson Dória, que questiona muito em modificar a Estação de Tratamento Convencional de Ibititá em FD, uma vez que a água bruta recebida naquela Estação tem cor (uH)  ideal, na maior parte do ano, para este estilo de tratamento. Se assim acontecer, teremos uma "dupla estação"  Direta e Convencional, assim, de acordo com a qualidade da água a ser tratada o Operador escolherá qual modelo ideal usar, bastará fazer algumas manobras e pronto. Nas quase 500 páginas do livro e em outros lidos, não encontrei nada que alimentasse essa ideia. Assim acontecendo, será o precursor da Direta e Convencional! Mais um modelo, por quê não?!
A portaria do Ministério da Saúde (MS) 1469/2000, que entrou em vigor em 2002, substituindo a 036/1990,  estabeleceu os valores máximos permitidos (VMP) para "todos", que se pode identificar, os contaminantes orgânicos e inorgânicos presentes na água potável. Para atender aos requisitos da portaria é necessário que o tratamento disponha de uma boa filtração, é nessa etapa que organismos Patógenos, resistente à desinfecção, como o cistos de Giardia e o oocistos de Crytosporidium sejam removidos. A referida portaria limitava o valor máximo de 1,0 uT (Unidades de Turbidez) para o efluente de filtração, mas recomendava operacionalizar com valores até 0,5 uT, acreditando que nessa faixa eliminaria os citados enterovírus por total. A nova portaria, 2914/11 no seu artigo 29º, § 2º vem atender ao que previa a anterior e limita em 0,5 uT o VMP para filtração rápida, incluindo a Filtração Direta, e 1,0 uT o VMP para filtros lentos, por terem maior eficiência. O processo agora fica por conta das Empresas de Saneamento em cumprir as determinações da lei e do poder de fiscalização do MS em acompanhar os desvios de turbidez fora do padrão estabelecido.
O autor faz um breve resumo sobre os tipos de Estações e do Saneamento em nosso país e na notoriedade traz o Nordeste como pior região: A que menos tem água canalizada seguido de redes de esgoto, volume de água fornecida não é totalmente tratada, Mortalidade Infantil em mais de 50% e 65 anos de expectativa de vida (IBGE 2000). Situações estas vem se arrastando até os dias atuais e investimentos prometem modificar para melhor estas questões.
Quanto as estilos de estações, a Convencional predomina em todas as Regiões do Brasil seguidos em ordem pela Filtração Direta Ascendente (Filtro Russo),  Filtração Direta descendente, Filtração Lenta e poucas unidades de Dupla Filtração ( composta de um filtro Ascendente e outro Descendente) - Pesquisas realizadas com as ETAs da CESB - Companhias Estaduais de Saneamento Básico. Estes dados não dão uma visão segura da verdadeira cronologia dessas ETAs, pois na pesquisa não entra aquelas operacionalizadas pelos SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto e nem aquelas administradas por consórcios. Na  embasa, que tem sua estrutura organizacional dividida por Unidades de Negócios, existem diversas ETAs, somente a UN Irecê compõe de 07 Estações: 03 em estilo Filtro Russo com vazão que vai de 8 a 22 l/s e 04 Convencionais de 9 a 750 l/s. A mais recente trata água do Velho Chico.
Veja a figura 01 com relações de Estações e suas estruturas:

As pequisas apontaram algumas vantagens da Filtração Direta em relação à Convencional e a não aceitação do estilo de tratamento em alguns países, como é o caso dos EUA que não recomenda para o consumo humano. Tratando de gastos é bem visível porque as ETAs FD não necessitam de floculadores e nem decantadores, apenas coagulação, floculação (eventualmente) até chegar aos filtros. Segundo os pesquisadores a FD  facilita a operação e manutenção, requer menos produtos químicos (gerando menos lodo) e a economia na infraestrutura por ser bem mais compacta.
Apontam como desvantagens a impossibilidade de tratar águas com turbidez e/ou cor elevada, além do curto tempo de detenção da água na ETA, dificultando tomar medidas corretivas quando necessitar.
Nos trabalhos aparece a Dupla Filtração, não muito comum na embasa, com significância de bons resultados em relação à Filtração Direta Ascendente  e FDDescendente, por existirem dois filtros ela permite: o tratamento de água com qualidade ruim, dispensar o descarte de água filtrada no início da carreira de filtração, apresentar maior remoção de microrganismos e menor risco sanitário.
Uma vantagem observável da Dupla Filtração com a filtração tradicional é o descarte de água no início da carreira de filtração. Na ETA que trabalho, a prática até então, é a lavagem do filtro em torno de no máximo 6 minutos, com água contra corrente e logo após se inicia a carreira. Os pesquisas ratificadas na gramática estudada ressalta a importância de uma boa lavagem para garantir uma água final com qualidade e orienta que seja descartada certa quantidade de água tratada para eliminar por total a água de lavagem que ficou no leito filtrante. Com o filtro descendente da ETA convencional não é contrário dos que necessitam, por mais que pareça bem lavado, ainda fica restos de água de lavagem no filtro e portanto necessita que seja feita uma drenagem na intenção de eliminar essa sujeira e diminuir a turbidez do efluente. O inconveniente é que o tempo para realizar tal operação aumenta em torno de 20 minutos e algumas manobras a mais serão necessárias. O tempo para drenar a água, da canaleta até à areia, dura 15 minutos, pois o tubo do dreno tem diâmetro bem inferior, 4 ". O importante dessa operacionalidade é a garantia sanitária da água. Veja a figura 02 abaixo, com testes realizados em um dos filtros da ETA Ibititá -Ba. Obs: sem uso de coagulante.
O filtro foi lavado, em cinco minutos, como consta a operação de sempre e em outra operação foi lavado com o mesmo tempo até remover toda sujeira, foi fechado o registro geral da água para lavagem e aberto o registro pequeno para drenar a água. O volume gasto na drenagem é equivalente a 01 minuto da lavagem normal.
Após 5 minutos colocado em operação foi coletada a primeira amostra para análise em turbidímetro digital. O tempo de coleta foi se estendendo de 10 min para 20 min e depois para horas. Fica o estudo para atitudes operacionais!
Dentre muitos outros aspectos positivos encontrados na gramática lida posso ressaltar a posição dos pesquisadores quanto à qualidade dos serviços prestados à população e eles atribuem isso à qualificação profissional dos operadores das ETAs. "Muitos problemas observados nas ETAs brasileiras, que levam à produção de água que não atende ao padrão de potabilidade e ao aumento dos custos operacionais, estão relacionados ao baixo nível de qualificação de parte dos operadores". Isso é notório e indiscutível e para que esta situação seja convertida para melhor é necessário que as empresas proporcionem capacitação constante, assim como o operador deve se capacitar, ambos precisam de interação qualificativa, de modo que um perceba e valorize as atitudes do outro. Atitudes de muitos gestores, Brasil afora,  sem qualificação "é apenas punição  pois não refletem eles, que o empregado responsável é passível de erro" (Kuroda, 2002), ainda mais quando este não tem qualificação para exercer a função que se enquadra no momento.
Gervásio  -  julho 2013

segunda-feira, 17 de junho de 2013

CURSO - Transporte Manual de Cargas

Matusalém - Técnico de Segurança
da UNI  (camiseta branca)
Aconteceu no dia 14 de junho de 2013, na UCE-da Unidade de Irecê, com carga horária de 8 horas, ministrado pelo Técnico de Segurança Matusalém da UNI (Matos) o Curso de Transporte Manual de Cargas, o evento foi uma das etapas que assegurou a atender a NR - 17 no seu item 17.2.3, onde reza que "Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes". A próxima fase será assegurar aos trabalhadores o que realmente diz a redação da Norma Brasileira, é preciso acompanhar de perto os afazeres dos empregados da embasa para que a norma seja atendida na sua totalidade, e para isto é necessário que a empresa esteja, ao menos,  adequada ao item 17.4.1 - campo da psicofisiologia - (link acima, NR - 17) desta Norma. Assim, ganhará a empresa que terá um empregado que não irá se abster ao trabalho por falta de saúde e este por melhores condições de vida.
O curso foi bem dinâmico na sua metodologia e o que o teve de mais surpreendente foi a sensatez do ministrando em ouvir os participantes do evento. Todos tinham muito a contribuir e por isso cada fala foi valorizada dentro do seu contexto. Os participantes criaram , em grupos, um teatro mímico tematizando as rotinas do empregado diante do esforço físico e as posturas corretas e não corretas ao transportar um objeto pesado. Vale ressaltar o ponto forte no que tange a segurança do condutor de veículos, dos dois grupos que colocaram um transporte em sua apresentação, usaram impecavelmente o cinto de segurança. Os pontos fracos foram  as posturas utilizadas para transporte manual da carga, na sua maioria, todas estavam incorretas, o que levou a reforçar a necessidade do acontecimento do evento. Antes tarde do que nunca! 
Apresentação do grupo
Espera-se que aconteça outro o mais breve possível, mesmo que seja como avaliação do processo de aprendizagem do que foi trabalhado. Se o empregado conhece, agora é a vez de aplicar para seu próprio bem. Se ele estiver levando um peso acima de 40 Kg por mais de 60 metros e se ela carrega mais de 20 Kg por mais de 60 metros, então eles e a empresa precisam buscar regularizar-se para atender a Norma Brasileira que não recomenda mais que esses pesos pela distância de 60 metros. Já a Norma Internacional vai um pouco além e permite 60 Kg/60 metros. Ruim pra eles!
No final do curso foi distribuído uma Cartilha de Segurança com orientações para o correto Transporte Manual de Cargas - aquele em que todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a posição da carga.

domingo, 19 de maio de 2013

MELHORIAS MO TRATAMENTO

A Estação de Tratamento de Água de Ibititá é formada por um floculador com 04 módulos independentes com comporta na entrada e outra na saída, dois decantadores independentes com 04 comportas de entrada em cada um deles, 08 leitos filtrantes (filtros), 08 caixas de passagem e um reservatório de contato com capacidade para 4.000.000 de litros. A estação chegou a trabalhar com sua capacidade máxima de 500 l/s, hoje, devido a situação de falta de água na Barragem Mirorós,  trabalha com metade da capacidade.
A Estação começou operar em meados de 1994 e pelo visto as comportas dos módulos floculantes e dos decantadores não eram utilizadas na serventia de limpeza e conservação dos espaços como deveriam. Uma mostra disto é que todas estão travadas, revelando seu desuso. Sentido a necessidade de melhorar as práticas existentes resolvi construir ações para colocar todas elas em funcionamento, buscando melhorias no processo de tratamento. 
O verdadeiro sentido é que possamos interditar um desses espaços, por vez,  e realizar a limpeza e higiene desses ambientes de maneira mais eficaz. Para se ter um ideia, a limpeza dos decantadores aconteciam, até o mês passado, por um período de 2 a 3 horas no máximo no período das 18 às 21 horas, quando acontecia noutro momento era necessário interromper o abastecimento para população. Esse tempo era suficiente apenas para fazer um corretivo, o que levava a aumentar o índice de perdas de água, levando a aumentar o número de descargas no mês. Chegamos a fazer mais de uma por semana!
O floculador e o decantador são espaços que precisam de limpeza constante, pois são neles que o lodo (fig 02) fica acumulado, e se não for retirado, o tratamento da água pode ficar comprometido. Turbidez na decantação, passagem de flocos para os filtros, sabor e gosto anormais da água são algumas das consequências caso a limpeza não aconteça de forma eficiente.
fig 01 - Eleano - decantador 01 limpando e 02 operando
Para mudar a prática, os colaboradores se desdobraram. Passamos, Gervásio e Marcos, praticamente uma operação (turno de 12 horas) para fazer manutenção numa das comportas do decantador 01 e após um mês de trabalho conjunto conseguimos concluir a manutenção nas 04 comportas de entrada de água do decantador 01.
Gratificante foi poder fazer a limpeza, higiene e conservação do ambiente: paredes, colmeias, pirâmides foram todas colocadas no ponto ideal para trabalho. De 3 horas que se tinha para realizar a limpeza nos dois decantadores, passamos para mais de três dias apenas para um decantador. Foi o tempo  que os auxiliares passaram para realizar o trabalho com eficiência. Paramos no domingo (12) e concluímos na quarta-feira (15)  Fechamos as comportas de entrada do decantador 01 (fig 03) e o tratamento se deu  apenas com o decantador 02. (fig 01)
A segunda etapa começou no dia 18 de maio, manutenção das demais comportas do decantador 02. Com a nova prática operacional esperamos melhorias no tratamento, eficiência na perda e melhorias ergonômicas!
 fig 02 - colmeia da esq (suja) direita (limpa)

fig  03 - Ancelmo no corredor com comporta fechada
fig 04 - Ancelmo e Marcos do floculador para decantador

sexta-feira, 10 de maio de 2013

SAÚDE PARA A POPULAÇÃO - ETA Ibititá/FUNASA/MS

Desde 2007 trabalho na Estação de Tratamento de Água que fomenta a sede de quase 400 mil pessoas em toda região de Irecê.  A empresa embasa faz todo controle  e acompanhamento da qualidade do produto fornecido à população, a mesma procura manter um padrão de controle dentro das exigências dos órgãos fiscalizadores. Afirmo isto não porque sou empregado da mesma, mas porque sou consumidor e fiscalizador. 
Não sei se é pela confiança na empresa, embasa, ou por falta de espaço/tempo para acompanhar/fiscalizar, que nesse período em que estou operador, nenhum órgão, seja municipal/estadual ou federal,  apareceu na Estação de tratamento para verificar in loco como acontece todo o procedimento de entrada da água In Natura e saída da água pronta para consumo, na Estação de Tratamento de água em Ibititá. Indaguei comigo  se isto só aconteceria se uma "morbimortalidade" atingisse as pessoas de determinada localidade devido a um produto fornecido que não se encontrasse dentro dos padrões exigidos pelo Ministério da Saúde. Questiono a presença dos órgãos fiscalizadores, não porque deixamos algo a desejar no tratamento da água nesta estação, muito pelo contrário, mas sim pela atuação dessas entidades no cumprimento das suas obrigações. Teríamos que ter, no mínimo, uma visita a cada ano para sentir a presença do poder público mostrar o que convêm de qualidade às pessoas, garantindo saúde para todos, afinal o Ministério da Saúde por meio da FUNASA - Fundação Nacional da Saúde - busca manter o "controle de doenças e outros agravos, com a finalidade de contribuir para a redução da morbimortalidade – provocada por doenças de veiculação hídrica – e para o aumento da expectativa de vida e da produtividade da população". Assim esclarece a redação da portaria.
O CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS da portaria 2.914/11  no seu Art. 3º. afirma que "Toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente por meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água, deve ser objeto de controle e vigilância da qualidade da água". por isso não podemos abrir mãos dos serviços desses órgãos competentes para tal finalidade, como reza a portaria acima citada: FUNASA; ANVISA, Sec de  Saúde do Estado e dos Municípios.
Membros FUNASA/M.Público/IBAMA
Depois dos conclames acima, me alegro e também à população, pela presença dos representantes da FUNASA (com representantes do Ministério Público e IBAMA) em visita à ETA/Ibititá no dia 22 de abril de 2013. Queria muito estar operando naquele dia, para poder questionar junto a eles sobre a rara visita naquela Estação de Tratamento de Água, saber também se é assim nas demais em todo país, mas foi meu colega de trabalho ( o recém formado Operador de Processo Antônio Cláudio) que atendeu prestativamente a todos os questionamentos da equipe visitante. "Nada de anormal, tudo dentro dos conformes como manda a lei do saneamento: POP'S; Arquivos com todas as informações dos procedimentos operacionais, atual e dos anos anteriores; Boas Práticas Operacionais e muitas inovações que complementam a qualidade do produto oferecido à população" afirma um dos visitantes!
Ficamos gratos pelos elogios e  alegres pelo reconhecimento do cumprimento de nossas obrigações junto ao povo de nossa região!
Não poderia ter notícia melhor ao retornar das férias. Foi a primeira coisa que o operador Antônio Cláudio me falou ao passar a operação (visita da FUNASA). Ficamos no aguardo de outras... e outras! É nosso dever, nossa obrigação, cuidar da saúde do povo! Povo eu, povo tu, povo ele!
(confira algumas boas práticas operacionais neste blog).
Gervásio M Mozine

quinta-feira, 21 de março de 2013

ETA - ESPAÇO DE FORMAÇÃO E APRENDIZAGEM

A Estação de tratamento de Água de Ibititá tornou-se um espaço de formação para crianças jovens e adultos. A cada ano a Estação recebe visita de várias escolas com dezenas de alunos por vez. A última visita foi da Escola Coperil que chegou na companhia da Assistente Social da Embasa Ana Karina. Outras turmas foram acompanhadas pelo Técnico de segurança da empresa, Matusalém (Matos).
No tocante à escolas, parecem ter um currículo flexível, que abre espaço para que a aprendizagem dos alunos aconteça em ambientes que não seja aquele somente com mesas, carteiras e livros. A Estação de tratamento é uma verdadeira aula viva. Os alunos presenciam in loco todo processo que a água passa até chegar às torneiras das residências da população. Eles questionam ao invés de serem questionados, fazendo com que a criança internalize o conhecimento de maneira mais eficaz.
Luana - no final da turma
Wellington 
Durante a visita os alunos foram acompanhados por outros alunos, Wellington e Luana que faziam parte da equipe de trabalho daquela estação como Jovens Aprendizes. Naquele instante eles passavam aos visitantes o que aprendera na prática com suas descobertas e com os demais colegas de trabalho. Todos sentiam o entusiasmo deles quando eram indagados pelos visitantes alunos e professores. Um pouco distante da turma eu observava e sorria por dentro pelo desempenho dos dois Jovens Aprendizes. Hoje são operadores na recente Estação de Tratamento de água de Itaguaçu, que recebe água do São Francisco com destino a região de Irecê.
Cláudio - treinamento com cloro
 A formação da equipe sempre foi algo de minha pretensão, enquanto coordenador dos trabalhos daquela Estação. Orgulhosamente temos um recente operador que era auxiliar de produção. Antônio Cláudio passou  por experiências nunca antes, vista por ele. Com a proposta de aprender o ofício de Operador de Processo, ele se dedicou e até voltou a estudar. Com menos de três meses, oportunizado pelo gerente imediato Odirlei Rocha, e pelo Supervisor de Tratamento, Antônio Coelho, ele já estava tratando a água para toda população de Irecê. Em dezembro de 2012 o gerente da UNI, Raimundo Neto, firmou o contrato de Cláudio como Operador de ETA de grande porte. 

domingo, 20 de janeiro de 2013

MAIS EFICIÊNCIA NO PROCESSO

monômetro captado pela câmara

Alguns locais da estação de tratamento de água de Ibititá necessitam de maior acompanhamento por parte do operador, pois eles são cruciais para que o tratamento aconteça, um deles é a casa de cloração, pois algumas vezes, o cloro em algumas localidades do sistema integrado, ficou abaixo do normal devido a alguma deficiência na dosagem. Situações que só podem ser evitadas se o operador dedicar a maior parte do seu turno de trabalho acompanhando o sistema de cloração, ação esta, praticamente impossível, devido à demanda de atividades que precisam ser realizadas. Situações como cilindro prestes a acabar, válvulas dos cilindros que deixam de funcionar, cilindro que congela, falta de energia no sistema de cloração entre outras, podem acontecer enquanto o operador estiver realizando outra atividade, a exemplo das análises que demandam um tempo de no mínimo 40 minutos para serem realizadas. Ficar esse tempo sem dosar o cloro é praticamente perder o tratamento
Foi pensando em acabar com essa deficiência que o Operador de Processo João Durval implantou um sistema de comunicação visual através de uma câmara simples instalada dentro da casa de cloração. Com isso o operador não precisa sair do meio de outra atividade para ir verificar o sistema de cloração. A imagem captada pela câmara, do monômetro que mede a pressão do cloro gás na rede, é visualizada na TV que fica no laboratório, espaço em que o operador precisa ficar por mais tempo. O período entre as trocas dos cilindros são praticamente iguais, o que veio aferir a melhoria obtida com a boa prática operacional. Desde que o processo foi implantado não houve nenhum incidente que viesse a comprometer o tratamento da água.
Operador João Durval
Ideia simples, sem custos para a empresa que veio beneficiar toda população que consome a água que passa pelo sistema de tratamento de Ibititá.
Contatos com João Durval - joaooperadodeeta@live.com

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

BONS RESULTADOS EM 2012


Vista do alto Est Trat de Ibititá
A Estação de Tratamento de Ibititá recebe a água Bruta da Barragem Manoel Novaes  a conhecida Barragem de Mirorós com capacidade para mais de 170 milhões de metros cúbicos, formada pelas bacias dos rios Verde e Jacaré, afluentes do Rio São Francisco. No final do ano 2012 ela se encontra com menos de 8% de sua capacidade com água para abastecer toda região de Irecê e boa parte para irrigação de bananas.
Com a situação nada agradável sobre o volume de água disponível para captação, a Estação de Tratamento de Água de Ibititá, sob coordenação do Operador de Processo Gervásio, e participação maciça  dos Operadores João Durval, Antônio Cláudio, Tássio e Jarisvan,  implantam várias práticas no sentido de amenizar a situação de desperdício de água no tratamento. Os resultados foram excelentes, mostrando o compromisso de produzir sem agredir o meio ambiente. Praticamente, toda água captada da Barragem, para ser tratada, foi repassada para a população que recebe água na região. Antes de todas as boas práticas serem implantadas houve uma perda, com o processo de realização de análises, de 1.213 metros cúbicos em 2011, água que daria para abastecer mais de 120 residências com consumo mínimo. Após a implantação das práticas necessárias para combater essa perda, o resultado cai para 01 metro cúbico, mais de 99,9%.
Gestão do processo
Os resultados com a água usada nas lavagens de filtros e nas descargas de fundo também foram notáveis. Em 2011 foram recuperados 28% do volume usado e em 2012, após boas práticas adotadas, o percentual recuperado foi para mais de 74%. Um dos fatores que colaboraram para o bom resultado,  foi o gerenciamento de todas as ocorrências em planilhas elaboradas especificamente para acompanhar o processo de tratamento. Esse estudo de caso, gerenciamento com planilhas, começou a ser experimentado no final de 2010 e vem sendo aperfeiçoado a cada situação de necessidade de mudança.
A perda geral não podia ser diferente, levando em consideração que o volume captado em 2012 foi menor que o do ano passado. 11,8 contra 11,4 mi em 2012. Do volume de 2011 foram usados 176.997 m³ no processo de tratamento, já em 2012 usou-se somente 26,157 m³. Com esses resultados a estação saiu de um percentual geral de perda de 1,5% em 2011 para 0,23% em 2012. Resultados expressamente significantes diante da situação de escassez de água que vive a região.
Outro fator preponderante no que diz respeito a produzir sem agressão foi o consumo de produtos químicos. O fluossilicato de sódio consumido em em 2012 foi 28% menor que em 2011, resultado esse conseguido depois das melhorias adotadas com o estudo de caso implantado em meados de 2010.